A vespa aquele dia , desde manhã , como de costume bravissíma andava.
O dia era lindo, a brisa leviana, coberta a terra de flores estava e mil passarinhos nos ares cruzava.
Mas a nossa vespa - nossa vespa brava-
nada lhe atraia, não via nada por onde ia , comida de raiva .
"Adeus", lhe disseram umas rosas brancas e ela nem se quer voltou a olha-las ,por ir distraída, cismada , com a fúria surda que a devorava.
"Bom dia " lhe disse a abelha, sua irmã e ela que de fúria, quase rebentava, por toda resposta lhe deu uma roncada que a pobre da abelha deixou desconcertada.
Cega como ia, a vespa de raiva, repentinamente como em uma armadilha, se encontrou metida dentro de uma casa.
Jogando mil pestes, ao se ver fechada, em vez de colocar-se serena e com calma, a buscar por onde sair de onde estava, sabe o que fez? Se pôs mais brava !
Se pôs entre os vidros a dar cabeçadas, ao ver sua fúria, que a curta distância janelas e portas abertas estavam, e com a ira que a dominava ,quase não via por onde voava, e em uma investida que deu de raiva, caiu nossa vespa , em um vaso de água.
Um vaso pequeno, onde até um mosquito nadando se salva !
Mas nossa vespa, nossa vespa brava , mais brava ficou ao ver-se molhada, e em vez de ocupar-se , muito insensata, batendo as asas se pôs a jogar peste e a tirar picadas.
E assim , pouco a pouco, foi ficando exausta , até que furiosa, porém ensopada, terminou a vespa por morrer afogada.
Tal como a vespa que conta essa fábula, o mundo está cheio de pessoas bravas,que infundem respeito, por sua mal cara, que se fazem famosas , devido suas raivas e ao final se afogam em um vaso d' água.
Aquiles Nazoa.
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Regiane
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